Wednesday, July 22, 2009

A UNE é uma vergonha para os estudantes do nosso país

A UNE é uma vergonha para os estudantes do nosso país – além de receber dinheiro do governo federal para ficar de bico calado, dão pinta de “macacinho mando” no encontro com o presidente Lula – horas antes do encontro com o pequeno timoneiro as palavras de ordem indicavam o tom das brincadeiras e das bestialidades dos nossos estudantes (“quem não está com o Sarney da um pulinho”) – que até proclama na voz do presidente da UNE (o novo presidente) que o governo tem o dever de financiar os estudantes da UNE
– isso não é verdade, mas embuste de um sobrevivente sem corpo e alma.
Daner Hornich

O descalabro e a desmoralização do Legislativo e a ineficácia do Judiciário

Saiu no blog do professor Roberto Romano da UNICAMP.

A coluna de Lula nos jornais
Roberto Romano

Athanasius Kircher (1601-1680), jesuíta competente nas artes de governo, imaginou meios para que as elites dirigentes investigassem tudo sobre os cidadãos e, ao mesmo tempo, deles escondessem tudo. Entre aqueles meios, ele imaginou gigantescos megafones, nos quais a “verdade oficial” seria transmitida. Segredo, de um lado, espionagem e propaganda de outro. Esta foi a receita eficaz para a razão de Estado, receita que, adequando-se aos tempos e lugares, permanece até hoje. Donoso Cortés, no Discurso sobre la ditadura (1849), diz que chega o dia em que os governos proclamam: “temos um milhão de braços, mas não bastam. Precisamos mais, precisamos de um milhão de olhos. E tiveram a polícia e com ela um milhão de olhos. (...) Não bastou aos governos um milhão de braços, não lhes bastou um milhão de olhos. Eles quiseram um milhão de ouvidos, e os tiveram com a centralização administrativa, pela qual vieram parar no governo todas as reclamações e todas as queixas. (...). Mas os governos disseram: não me bastam, para reprimir, um milhão de braços; não me bastam, para reprimir, um milhão de olhos; não me bastam, para reprimir, um milhão de ouvidos; precisamos mais, precisamos ter o privilégio de nos encontrar ao mesmo tempo em todas as partes. E tiveram isto, pois se inventou o telégrafo”. Chegamos hoje à internet, aos meios eletrônicos de busca e controle, além da espionagem dos próprios cidadãos, com uma eficácia que recorda o romance 1984.

O jesuíta e o conservador espanhol do século 19 pegaram traços essenciais da moderna dominação política. O fim último dos governos é o controle, para arrancar da cidadania impostos, votos, soldados para a guerra, etc. Tudo o que os governos puderem fazer para deixar longe dos olhos cidadãos os segredos oficiais, eles procuram (lembre-se o dito de Bismarck: “se o povo soubesse como são feitas as salsichas e as leis”...) e tudo o que os mesmos governos puderem fazer para arrancar informações sobre as “pessoas comuns”, eles o farão. E tudo o que eles puderem fazer para a propaganda de si mesmos, nos jornais, nos rádios, na TV, na internet, eles o farão. No Brasil, desde o DIP, tivemos um crescendo na lógica do segredo e da propaganda. Do controle e censura, ao incentivo à uma imprensa que apoiasse o ditador Vargas, à criação de programas como a Hora do Brasil, tudo foi tentado. Neste sentido, um livro essencial é da Professora Maria Helena Rolim Capelato, Multidões em Cena, propaganda política no varguismo e no peronismo, São Paulo, Ed. Unesp, 2008).

O que Lula faz hoje, e fará amanhã com meios modernos como a internet, segue a lógica do Estado autoritário, cujos inícios se encontram no Estado absoluto do século 17. O historiador Peter Burke, num livro intitulado A fabricação do Rei (RJ, Zahar Ed), mostra que Luis XIV (“O Estado sou eu”) instaurou a propaganda do trono, de modo a fazer com que o regime absolutista fosse aceito e temido e admirado. A coluna de Lula, obra de Martins e secretários, com poderosa ajuda de João Santana, serve para propagar o governo, tornando a sua face atual o regime de amanhã. E este regime não terá três poderes isonômicos, mas apenas um, supremo, o Executivo. A tendência está inscrita em nossa história, desde Dom João VI e Pedro I, com o Poder Moderador que estava acima dos três poderes, com prerrogativas ditatoriais.

Com o descalabro e a desmoralização do Legislativo e a ineficácia do Judiciário (não existe vazio no poder) o Executivo tende a legislar cada vez mais e não apenas com Medidas Provisórias. Logo ele julgará os cidadãos. Neste modelo político é preciso a figura do Pai da Pátria, como foi Pedro I, “defensor perpétuo do Brasil” e Getúlio Vargas. E como pretende ser Lula (em muitas ocasiões ele indicou a si mesmo como pai do Brasil). As colunas podem ser, caso não apareçam debates e recusas, a fala semanal do Big Brother na imprensa, depois na TV e no rádio abertos, na Internet. E ai de quem não dobrar as orelhas e os joelhos aos paternos conselhos!

http://silncioerudoasatiraemdenisdiderot.blogspot.com/ acesso em 22/07/2009

Saturday, July 04, 2009

FERVILHA EM ÁGUAS QUENTES A MANUTENÇÃO E O APARELHAMENTO DOS ESTADOS

Observações feitas sobre o que acontece na América Latina revelam o quanto somos primários nas relações republicanas e democráticas – Bolívia, Colômbia, Venezuela, Equador, Nicarágua e Honduras – e até mesmo o nosso Brasil – fervilha em águas quentes a manutenção e o aparelhamento dos Estados em nome de alguns “senhores” que querem o poder e o mando em nome do “povo” a qualquer custo no caso do Brasil, podemos recordar da figura do José Dirceu (diretor de operação do mensalão), José Sarney (com suas operações ilícitas no senado – imagine no Maranhão), Collor (o ladrão das migalhas e traidor da elite brasileira – deposto da presidência), Lula (aquele governante que não sabe de nada e representante dos picaretas) e outros oligarcas contrários a república e a democracia que se utiliza nesses momentos instrumentos ditos democráticos para alcançar tal propósito (o mando e poder) com plebiscito ou consultas populares, como os outros governos da América Latina – na mesma linhagem do governo brasileiro que usurpa do poder sem tanques nas ruas brasileiras, com medidas ditatoriais.

Friday, July 03, 2009

Adriano, grato pela lembrança e do texto – também conheço o texto do Schaff e indico na bibliografia da disciplina de Antropologia para os alunos do curso de Sistema de Informação – na segunda parte do livro indicado – temos “Individuo e Sociedade” – segue o pressuposto das relações “entre os dois extremos, o individualismo e o totalitarismo” – vale recordar que vivemos numa sociedade que expulsou o cidadão do seu espaço público e fez do mesmo perder o gosto pela liberdade, como argumenta Hannah Arendt no livro "sobre a Revolução" - mas você tem razão em argumentar que o totalitarismo caminha no tempo e se manifesta com vigor em nossos tempos com novas roupagens para usar a linguagem do Marx. Dois livros interessantes e um ensaio da Hannah Arendt sobre o tema:
SENNET, Richard. A corrosão do caráter. Record, 2004.
SENNET, Richard. O declínio do Homem Público. Companhia das Letras, 1998.
ARENDT, Hannah. Compreender: formação, exílio e totalitarismo. Companhia das Letras, 2008. (Cf. o texto Franz Kafka: uma reavaliação, pp. 96 – 108).
Um abraço!
Daner Hornich
Indico um blog – de um poeta mineiro (um bom amigo de bons tempos) – vale o tempo de navegação na internet para conferir.

Em sua Homenagem podemos partilhar a mesa dos deuses com o poema abaixo:

“Existem grandes horas na vida. Levantamos os olhos para elas como fazemos com as figuras colossais do futuro e da antiguidade, travamos com elas uma luta maravilhosa e sem diante delas, guardamos consistência, elas se tornam irmãs e não mais nos abandonamos” (HÖLDERLIN, Friedrich. Hipérion, 1994, 94.)

Segue abaixo a indicação:

http://arteetfacto.blogspot.com/

Militares, ciências, Educação Popular.

A pandemia atual expõe a falácia de alguns dogmas sobre a pós modernidade, ela mesma integra a lista dos enunciados falsos de evidências lóg...