Thursday, May 02, 2013

O Ministério da Educação lançará nas próximas semanas programa para tentar melhorar o desempenho de alunos e professores em matemática, física, química e biologia, tanto no ensino médio quanto no superior.

02/05/2013 - 03h00
Professores terão de melhorar alunos para ganhar diploma
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FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
O Ministério da Educação lançará nas próximas semanas programa para tentar melhorar o desempenho de alunos e professores em matemática, física, química e biologia, tanto no ensino médio quanto no superior.
Análise: Evasão em ciências exige programa específico
As quatro matérias são as que mais possuem problemas de qualidade, de acordo com o próprio governo federal.
Uma das ações será a oferta de pós-graduação em universidades federais e privadas a professores que lecionam as disciplinas nas escolas públicas de ensino médio.
O certificado garantirá aumento salarial ao docente (progressão na carreira), mas só será concedido se houver a comprovação de que seus estudantes melhoraram --exigência inédita em programas federais de educação.
"Hoje, gasta-se muito com formação dos professores, mas a melhoria não chega aos alunos", disse Mozart Neves, que coordenará o programa do Ministério da Educação.
A forma de avaliar a evolução dos estudantes não está definida. O docente reprovado poderá refazer o curso.
O número de professores participantes do programa dependerá da adesão dos Estados, que são os responsáveis pelos docentes.
O país tem cerca de 250 mil docentes de ensino médio em matemática, física, química e biologia, segundo os últimos dados do governo. Mas boa parte não tem formação na área --em física, são 90%.
OUTRAS FRENTES
"Temos um número insuficiente de professores nessas áreas. E a procura pelas licenciaturas é insuficiente", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Para tentar reverter o quadro, o programa terá outras duas frentes.
Em uma delas, o governo tentará incentivar alunos do ensino médio a escolherem o magistério nessas áreas.
Para isso, estudantes com interesse nessas matérias passarão a ter aulas de reforço e ganharão ajuda mensal de R$ 150 (paga pela União).
Eles participarão também de atividades nas universidades em grupos que reunirão docentes universitários, alunos de licenciaturas e professores das escolas básicas. A meta é recrutar 100 mil estudantes do ensino médio.
Em outra frente, os estudantes que já estão nas licenciaturas poderão fazer aulas de reforço nos conteúdos básicos, numa tentativa de diminuir a evasão nos cursos.
Ex-diretor da Unesco no Brasil (braço da ONU para educação), Jorge Werthein diz que o programa é interessante. Ele faz, porém, ressalva sobre a vinculação do certificado de pós-graduação ao professor à melhoria dos alunos.
"Ainda não se encontrou uma boa forma de avaliar o trabalho do professor. Pode haver injustiças." Fonte http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/05/1271974-professores-terao-de-melhorar-alunos-para-ganhar-diploma.shtml 02 de maio de 2013.

Comentário:
A precariedade do ensino público (primeiro e segundo grau) e particular (universidade) no Brasil é lastimável e não sei se esse programa do Ministério da Educação conseguira, de fato, resolver o nosso problema nas áreas indicadas, pois o investimento em educação foi de 2, 89 %, e o de ciência e tecnologia foi de 0,38% tendo em vista um o “Orçamento Geral da União em 2010”, com um de Total: R$ 1.414. Trilhão. Fonte: http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=942 Cadê o restante do dinheiro e investimento do Orçamento da Geral da União? Foi para o setor privado do país, como bancos, construtoras, empreiteiras e empresas para amortizar e refinanciar as dívidas do setor privado que reclama de barriga cheia, pois tal setor recebeu dinheiro público, ou seja, 44,39% do total de 1.414 Trilhão – 44,39% do bolo fatiado de forma desproporcional para a República dos brasileiros. Quem sabe o governo não incentivam melhores condições de salários, de pesquisa e de trabalho para os nossos professores. Segue uma pequena lembrança de 1775 ao nosso Ministro que estudou numa das melhores universidades do país – UNICAMP e defendeu os direitos dos trabalhadores em suas atividades políticas e uma tese de “desenvolvimento no governo Lula”, ou seja:
“Universidade é uma escola cuja porta está indistintamente a todos os filhos de uma nação e onde mestres estipendiados pelo Estado os iniciam no conhecimento elementar de todas as ciências. Eu digo indistintamente, porque seria tão cruel quanto absurdo condenar à ignorância as condições subalternas da sociedade. Em todas, há conhecimento dos quais a gente não poderia se privar sem consequências. O número de choupanas e de outros edifícios particulares estando para o dos palácios na rede de dez mil para um, há dez mil para apostar contra um que o gênio, os talentos e a virtude sairão antes de uma choupana do que de um palácio. – A virtude! Sim, a virtude; porque é preciso mais razão, mais luzes e força do que se supõe comumente para ser verdadeiramente homem de bem. É possível ser homem de bem sem justiça? E tem-se justiça sem luzes?” Diderot, Plano de uma Universidade, 2000, 267.

Militares, ciências, Educação Popular.

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