Um bom texto para analisar os nossos tempos – “tempos de mentiras” arquitetadas com números, estatísticas, propaganda, programas mirabolantes e embusteiros - foi elaborado pela pensadora Hannah Arendt sobre “A MENTIRA NA POLÍTICA: considerações sobre os Documentos do Pentágono” – segue uma frase do texto: “Os historiadores sabem como é vulnerável a textura de fatos na qual passamos nossa visa cotidiana; está sempre em perigo de ser perfurada por mentiras comuns, ou ser estraçalhada pela mentira organizada de grupos, classes ou nações, ser negadas e distorcida, muitas vezes encoberta cuidadosamente por camadas de falsidade, ou ser simplesmente deixada cair no esquecimento” (Arendt, Crise da República, 16).
Os fatos e os acontecimentos no Irã revelam que não somos inocentes e que não queremos governos ditadores e golpistas com discurso de esquerda (Esses caras não são de esquerda e sabem muito bem que são golpistas em nome de políticas financeiras excludentes e exploradoras como dos bancos brasileiros – ao gosto do governo brasileiro), como aqueles que se espalham pela América do Sul com seus vestígios na manutenção do Estado, como no caso da Venezuela, Bolívia, Colômbia (manutenção americana) e Brasil – e outros países.
A imprensa brasileira é lenta e não faz uma cobertura decente do que ocorre no Irã – o que está ocorrendo com a imprensa brasileira? Queremos revolução no Irã, mas uma revolução democrática com o povo participando nas ruas para o bem comum daquele povo que não deve baixar a sua cabeça para os donos do poder que massacram o espaço público daqueles que lutam por um mundo melhor.
Borbulha mundo a fora com pressupostos ditatoriais.
Daner Hornich
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2 comments:
Oi Daner! Estive lendo com meus alunos um texto do Adam SCHAFF que comenta a tendência aos movimentos totalitaristas nas sociedades pós-industrializadas. Como o texto está comentanto um contexto de crise e mudança, causa pela revolução da tecnologia da informática, é fácil associar a retomada ao totalitarismo como uma revanche alienda ao sistema de valores da sociedade em questão. Mas imagino que o totalitarismo tenha as mesmas consequências sociais, indenpendente do momento histórico. Vale a pena dar uma foelada: SCHAFF, Adam. A sociedade informática. São Paulo: UNESP/Brasiliense, 1995, pp. 141-150.
Adriano,
Boa noite!
P. Damas morreu no domingo na cidade de Americana.
Um abraço!
Daner Hornich
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