Sunday, July 29, 2007

A historicidade da filosofia

Saiu na Revista Crítica (criticanarede.com)

19 de Outubro de 2005 · Filosofia
A historicidade da filosofia
Desidério Murcho

Refere-se por vezes a historicidade da filosofia, sem que os estudantes compreendam cabalmente do que se trata. Outras vezes, esquece-se este aspecto da filosofia. Estas linhas pretendem esclarecer este aspecto da filosofia.

Em primeiro lugar, a historicidade da filosofia não é a ideia de que os problemas da filosofia surgem nas obras dos filósofos do passado. Os problemas da filosofia surgem naturalmente quando qualquer pessoa se põe a pensar em alguns aspectos da realidade:

O que é o tempo, realmente?
Será imoral maltratar os animais?
Sabemos realmente alguma coisa, ou poderá ser tudo uma ilusão, como num sonho?
Além de surgirem naturalmente, os problemas da filosofia não existem apenas nas obras dos filósofos do passado — pelo simples motivo de que também há filosofia no presente. Aliás, há mais filósofos hoje em dia do que em todas as épocas históricas juntas. Tal como há mais artistas e cientistas do que houve no passado. Portanto, a chamada "historicidade da filosofia" não quer dizer nem que a filosofia não é uma disciplina viva, que surge sempre que nos pomos a pensar, nem quer dizer que a filosofia é uma coisa só do passado.

Em segundo lugar, e mais importante, a historicidade da filosofia não é também a ideia de que o trabalho que nos resta fazer hoje é meramente compreender, comentar e analisar as obras dos filósofos do passado. Esta seria uma visão muito redutora da filosofia, e não corresponde sequer ao que os mais importantes filósofos da actualidade fazem (pense-se em Kripke ou Derrida, por exemplo). Este aspecto é muitíssimo importante porque determina o tipo de ensino que a filosofia exige. Dado que a filosofia não é o mesmo do que a história da filosofia, nem o mesmo do que a história das ideias, ensinar filosofia não pode ser como ensinar história da pintura; tem de ser, ao invés, algo mais parecido ao ensino da pintura em si. E, como é óbvio, no ensino da pintura em si estudam-se também os grandes mestres do passado. Mas o objectivo final é saber pintar quadros, e não apenas saber apreciar a obra dos grandes pintores do passado. O mesmo acontece no ensino da filosofia: o objectivo não é apenas compreender os grandes filósofos do passado e do presente, se bem que isso também seja feito; o objectivo é saber fazer filosofia.

O que dificulta a compreensão da relação peculiar que a filosofia mantém com a sua história é o facto de o progresso em filosofia ser muito diferente do tipo de progresso que se observa na ciência. Na ciência há, pelo menos aparentemente (apesar de filósofos como Kuhn negarem em parte esta ideia), uma acumulação de resultados. Isto tem implicações importantes no ensino, pois significa que não se perde tempo a ensinar a física de Ptolomeu, por exemplo, para depois a comparar com a física de Newton, comparando depois esta com a física de Einstein. Ao invés, ensinam-se os resultados mais recentes e operatórios da física, sem mencionar teorias que entretanto foram ultrapassadas por teorias melhores. O mesmo não se pode fazer em filosofia: não se pode ensinar unicamente a mais recente teoria dos universais, por exemplo, ou a mais recente teoria ética, como se fossem teorias consensualmente aceites pelos especialistas. É que, ao contrário do que acontece em ciência, não há em filosofia um corpo vasto de conhecimentos consensuais e cristalizados. A filosofia é, essencialmente, discussão de ideias e especulação. Isto tem implicações importantes para o ensino da filosofia, pois não se pode dar ao estudante a ideia falsa de que as últimas teorias hermenêuticas, fenomenológicas, existencialistas, pós-modernistas, marxistas ou fascistas são a última palavra, no mesmo sentido em que a física de Einstein é, até hoje, a última palavra nessa área.

No caso da física, por exemplo, a simples compreensão e domínio do que se sabe hoje exige anos de estudo. Só a nível do doutoramento, e só em algumas universidades, pode um estudante de física dominar já suficientemente o que se sabe para se poder dedicar à investigação — isto é, ao estudo do que não se sabe, procurando dar a sua contribuição. Mas isto não acontece na filosofia. Em filosofia, é necessário relativamente pouco tempo para se chegar às fronteiras do conhecimento. Se uma pessoa não pode começar a filosofar cabalmente desde logo é só porque apesar de não haver praticamente qualquer corpo estabelecido de teorias, em filosofia, há no entanto dois factores importantes que o impedem. São estes factores que fazem a diferença entre um domínio profissional da filosofia e uma atitude meramente amadora ou de senso comum perante a filosofia.

O primeiro factor é o saber-fazer envolvido na filosofia. Para se fazer filosofia é preciso dominar os instrumentos do ofício: saber discutir ideias, saber traçar distinções importantes, saber distinguir versões subtilmente diferentes de teorias análogas e, claro, compreender os problemas da filosofia. Sem estas competências fundamentais não é possível fazer filosofia competentemente; não é sequer possível fazer história da filosofia competentemente.

O segundo factor é o que nos importa aqui, pois está relacionado com a história da filosofia. Esse factor foi apresentado de forma muito directa no manual A Arte de Pensar: 10.º ano (Didáctica, 2003):

Quando discutimos uma ideia filosófica verificamos muitas vezes que essa ideia tem uma história; houve outras pessoas que a defenderam ou atacaram. É por isso importante saber o que os grandes filósofos pensaram. Nada há de extraordinário nisto. Se estás preocupado em saber se o relativismo é ou não aceitável, é uma boa ideia tentar saber o que as outras pessoas pensaram sobre isso. Afinal, pode ser que o que elas pensaram te ajude a pensar melhor — quer concordes, quer discordes delas. (Vol. 1, pág. 18)
O que está em causa é de facto banal e muito simples, mas é muitas vezes mal compreendido, com elucubrações obscurantistas sobre a "historicidade do pensar". Outras vezes, talvez para fugir aos obscurantismos, é pura e simplesmente ignorado, como acontece com alguns manuais escolares (é o caso do manual 705 Azul, de Fátima Alves, José Arêdes e José Carvalho, Texto Editora, 2003). O problema de ignorar a história da filosofia não é uma questão de apresentar menos erudição. O problema é que se ignorarmos a história da filosofia estaremos a trilhar caminhos que já foram trilhados — como se estivéssemos a redescobrir a pólvora. Isso é pura e simplesmente perder tempo. Se certo tipo de teorias já foram exploradas e já conhecemos os seus problemas, se certas distinções fundamentais já foram exploradas, então estaremos a perder tempo se as ignorarmos — pois voltaremos a percorrer os mesmos passos. É um pouco como um músico que, desconhecendo a grande tradição atonal, reinventa ignorantemente esta forma musical.

Precisamente como no caso da música, não se trata de dizer que uma pessoa não pode hoje defender, por exemplo, uma certa versão da ética das virtudes de Aristóteles. Sem dúvida que pode — e há quem o faça, como a filósofa Philippa Foot. Só que irá defender uma versão sofisticada, que não sofre dos problemas que ao longo dos séculos foram apontados não apenas à teoria de Aristóteles, mas também às outras grandes teorias éticas alternativas, como o deontologismo e o consequencialismo. E é esta diferença de sofisticação que faz a diferença entre uma postura amadora e simplista em filosofia e uma postura profissional e sofisticada. Quem está na filosofia a sério tem de estar informado sobre o que os outros filósofos — do passado e do presente — defendem, tem de conhecer os seus argumentos e as suas teorias, e tem de estar a par da discussão filosófica.

Em suma, a necessidade de estudar os grandes filósofos do passado e do presente resulta da necessidade de não se perder tempo a defender o que já foi defendido e discutido, por um lado, e da necessidade de tentar ir um pouco mais longe na compreensão das coisas do que foram os nossos antepassados e os nossos colegas contemporâneos.

No ensino, esta ancoragem histórica é particularmente importante, sob pena de se pretender estudar filosofia sem filósofos. Em alguns manuais escolares (como no referido 705 Azul), a filosofia é apresentada no primeiro capítulo ao longo de muitas páginas sem se apresentar um único filósofo, clássico ou contemporâneo. Isto dá ao estudante uma ideia falsa da filosofia, pois não o ensina a ter uma atitude adequada perante a história da filosofia. O oposto disto é transformar a filosofia em mera história da filosofia, substituindo o trabalho verdadeiramente filosófico e criativo da filosofia pela mera compreensão do que dizem os grandes filósofos do passado e do presente. O correcto ensino da filosofia está entre estes dois extremos — entre o extremo da a-historicidade de alguns manuais escolares e o extremo redutor em que a filosofia se transforma em mera história da filosofia. O que é difícil é dar ao estudante a ideia correcta de que tem de compreender correctamente os filósofos do passado e do presente que serão leccionados, mas que isso é um meio para pensar por si e para tomar uma posição fundamentada. Se não nos esforçarmos por fazer isso, o ensino da filosofia transforma-se em rapsódias de temas modernaços, sem qualquer referência a filósofos centrais do passado e do presente, ou em meras historietas das ideias filosóficas, sem que ao estudante seja dada a experiência do filosofar. E é precisamente esta experiência que urge reivindicar. E isso exige um equilíbrio entre os dois opostos redutores: o que reduz a filosofia à sua história e o que esquece a história da filosofia.

Desidério Murcho

Fonte: http://criticanarede.com/fil_historicidade.html

Comentário:

Um pouco de filosofia faz bem a saúde, de modo especial, nesse domingo de frio.
Bom domingo!
Daner Hornich

Saturday, July 28, 2007

Aprender a pensar correctamente é a mais humana das aprendizagens

Saiu no blog do Roberto Romano

Do Blog de Marta Bellini....
Argumentação e subjetividade


Do Blog Rerum Natura, por Desidério Murcho, Portugal
A argumentação é um dos instrumentos mais importantes para alargar a nossa compreensão do mundo e melhorar a nossa intervenção nele. Infelizmente, este facto passa muitas vezes despercebido na nossa cultura. Ao longo dos séculos, Portugal não tem sido um grande produtor de conhecimento; estamos habituados a importar o conhecimento do estrangeiro. E por isso não compreendemos os processos de descoberta, pois nunca temos de descobrir — alguém, numa universidade, laboratório ou atelier estrangeiros, descobre por nós. Olhemos à nossa volta: todos os produtos humanos são fruto do conhecimento e da intervenção humana no mundo. As ideias científicas, tecnológicas, políticas, religiosas, artísticas e filosóficas são fruto do esforço dos seres humanos para compreender melhor o mundo e para, com base nessa compreensão, melhor podermos intervir nele. Todavia, quase nenhumas das ideias que são o fundamento de todas estas coisas que nos rodeiam nasceram em Portugal.É imperioso mudar esta cultura de dependência da importação de ideias; é imperioso que a nossa cultura seja dinâmica, criativa, autónoma, inteligente. A nossa cultura não pode continuar a ser a mera repetição da cultura alheia; é preciso que Portugal conquiste um lugar cultural e científico e que acrescente valor ao mundo.

Para isso é necessário fornecer aos estudantes instrumentos que lhes permitam descobrir ideias novas e propor novos rumos. É necessário colocar os estudantes portugueses a par dos seus colegas dos países mais desenvolvidos, que desfrutam de um sistema de ensino baseado no estudo criativo e rigoroso de problemas, teorias e argumentos. As teorias são construções humanas que procuram resolver problemas reais — não são elucubrações meramente formais para fazer carreira escrevendo obscuras teses de doutoramento que imitam a seriedade académica usando sem compreender uma linguagem especializada. Essas teorias defendem-se com base em argumentos. É o que acontece na história, na psicologia, na filosofia, na física, na musicologia, etc. Mas se o ensino não for baseado no estudo dos problemas, teorias e argumentos, o que é apenas teoria será ensinado como dogma para repetir, não permitindo que o estudante pense por si — sobretudo quando nem se lhe explica quais são os problemas que a teoria procura resolver. O estudante fica assim reduzido ao trabalho de repetição acéfala, sem estímulo nem instrumentos para avaliar as ideias que estão em discussão por esse mundo fora — imaginando que as últimas modas pós-modernas, ou pragmatistas, ou retóricas, ou liberais, ou o que quer que seja, são Verdades que não podem ser discutidas. No meu entender, esta é uma das raízes do atraso português.O correcto ensino da lógica pode ser um antídoto para este estado de coisas. Pois é aí que se pode sublinhar a importância da argumentação no difícil e paciente processo de tentar descobrir a verdade das coisas; é aí que se pode sensibilizar o estudante para a importância de saber pensar, dando-lhe instrumentos lógicos adequados.

O resultado que se pode almejar são cidadãos mais criativos e críticos, que trarão uma competência fundamental para um país que tanto carece de pessoas com capacidade para resolver os nossos problemas, produzir riqueza e bem-estar, e estimular com o seu exemplo os outros cidadãos a fazer o mesmo. Sem uma cultura criativa e crítica, informada e rigorosa, a discussão pública é sempre deficiente, e as decisões são sistematicamente tomadas pelos interesseiros que têm mais força ou que gritam mais alto, e não um resultado da reflexão criativa e rigorosa, informada e inovadora.Numa cultura apartada da descoberta científica e da inovação cultural — uma cultura cinzenta e formalista — há a tendência para pensar que tudo o que não vem já matematicamente decidido nos livros importados do estrangeiro é «muito subjectivo». Esta posição tem consequências terríveis na vida pública, contribui para o subdesenvolvimento e a estagnação da sociedade, e impede o acesso à cultura das pessoas mais talentosas — pois se a opção é entre o que se decide matematicamente e com todas as garantias, mas já está nos livros, e o que não está nos livros mas é «muito subjectivo», nenhuma pessoa talentosa vê qualquer interesse em desenvolver o estudo e o pensamento, a cultura e a ciência, a sociedade e a economia. Portugal precisa de boas ideias, soluções engenhosas, debate informado e talentoso — e não de ideias feitas, soluções ingénuas, debates de café. Ensinar a debater ideias, avaliar argumentos, precisar pontos de vista, levantar contra-exemplos e objecções é, consequentemente, uma das tarefas mais importantes do professor.

Quem desconhece a lógica e está mergulhado numa cultura onde o debate de ideias é circense tem tendência para pensar que a argumentação é «muito subjectiva». Mas mal se estudam os elementos básicos da argumentação compreende-se que isto é uma ilusão. Sem dúvida que não há soluções fáceis e argumentos decisivos com três ou quatro proposições; para cada solução levantam-se problemas inesperados; para cada argumento levantam-se contra-argumentos e objecções. Mas isto não é surpreendente para quem conhece a história do pensamento humano. Para cada grande feito da ciência, da cultura e das artes havia multidões de Velhos do Restelo a dizer que era impossível fazer-se, munidos do discurso paralisante do costume. E, no entanto, essas coisas fizeram-se e as dificuldades ultrapassaram-se. Será mesmo verdade que é tudo «muito subjectivo»? E, nesse caso, será «muito subjectivo» afirmar que é tudo «muito subjectivo»?Entre o algoritmo e o oráculo — que dispensam Verdades Absolutas aos pobres mortais —, e o paralisante relativismo e subjectivismo — que torna tudo igual a tudo —, não haverá alternativas? E que garantias oferece a opinião de quem nada ou quase nada sabe de lógica e argumentação, mas declara, confiante, que na argumentação é tudo «muito subjectivo»?

No Capítulo 12 vimos como a pretensa diferença entre a demonstração, do «domínio do apodíctico» (o oráculo), e a argumentação, do «domínio do verosímil» (o subjectivismo, ou o inter-subjectivismo — a sua encarnação mais sofisticada) se baseia em confusão e falta de informação. Não será que é isso que se passa em geral? Afinal, quem nunca assistiu aos jogos olímpicos não acreditaria que um ser humano consegue saltar um muro de dois metros de altura sem lhe tocar.Em qualquer domínio do conhecimento, das artes ou da vida pública, temos problemas para resolver e decisões para tomar. Para cada proposta, há argumentos a favor e argumentos contra; esses argumentos terão força desigual — uns serão mais fortes, outros mais fracos. O nosso trabalho é estudar cada um dos argumentos e tomar uma decisão, ou optar por uma proposta. Não há garantias; é preciso arriscar. Mas trata-se de um risco calculado. Em muitos casos, nomeadamente nos aspectos mais teóricos do conhecimento, podemos mudar de ideias; noutros casos, pode ser demasiado tarde para mudar uma decisão — a ponte pode já estar construída no sítio errado, ou o novo estádio de futebol financiado pelo estado pode já estar em construção. Somos todos seres humanos e temos de ser tolerantes para com os erros alheios — pois precisamos dessa tolerância quando for a nossa vez de errar. Mas devemos e podemos evitar os erros tanto quanto possível — e isso consegue-se através da discussão séria de ideias. É essa forma de discutir ideias — que produz riqueza e bem-estar, que alarga a experiência e o conhecimento humano — que urge ensinar. O lugar próprio desse ensino é a disciplina de Filosofia, que deu à humanidade esse instrumento espantoso do pensamento correcto que é a lógica. Aprender a pensar correctamente é a mais humana das aprendizagens. Retirado do livro O Lugar da Lógica na Filosofia (Plátano, 2003)

Posted by Desidério Murcho

Thursday, July 26, 2007

O triste legado de uma conquista obtida há 3 milhões de anos

Saiu no Estado de São Paulo

Quinta-feira, 26 julho de 2007

O triste legado de uma conquista obtida há 3 milhões de anos

Fernando Reinach, fernando@reinach.com
Para entender o que ocorreu em grandes conflitos militares, os arqueólogos escavam os campos de batalha. Recuperando as armas e os mecanismos de defesa, são capazes de reconstituir o que aconteceu.

Da mesma maneira, para entender as “guerras” que ocorreram entre os animais e os vírus, os biólogos têm “escavado” o genoma dos animais em busca de vestígios das batalhas.

Quando um retrovírus infecta um animal, cópias de seu genoma se inserem no genoma do animal infectado e podem ser passados adiante ao longo das gerações. Foi comparando o genoma de macacos e seres humanos que uma batalha que ocorreu faz mais de 3 milhões de anos entre o vírus PtERV e a proteína de defesa TRIM5 foi reconstituída.

A conseqüência dessa batalha é que hoje chimpanzés e gorilas são resistentes ao vírus da aids enquanto nós somos suscetíveis.

VITÓRIA DE PIRRO

No genoma dos chimpanzés existem mais de cem cópias de diversas versões do vírus PtERV. As diferenças entre as cópias demonstra que esses vírus infectaram os macacos 3 milhões de anos atrás. No genoma humano não existe nenhuma cópia desse vírus. Por que ele não infectou seres humanos? Uma possível explicação é que uma proteína de defesa chamada TRIM5 foi capaz de bloquear o ataque do vírus na espécie humana, mas incapaz de bloqueá-lo nos macacos.

Para testar essa hipótese, os cientistas “ressuscitaram” o vírus PtERV a partir do genoma dos macacos e testaram sua capacidade de infectar células humanas e de macacos. Descobriram que o vírus ainda infecta macacos, mas continua incapaz de infectar humanos. Também demonstraram que o fato de os humanos serem resistentes ao vírus se deve à proteína de defesa TRIM5.

A proteína TRIM5 humana, quando colocada em células de macacos, faz com que elas se tornem resistentes ao vírus, e essa resistência é conseqüência de uma única mutação. A explicação, portanto, é que há 3 milhões de anos, durante nossa guerra contra o PtERV, em algum de nossos ancestrais surgiu uma mutação no gene da TRIM5 que nos tornou resistentes. Levamos vantagem sobre os macacos.

Mas qual o legado da batalha? A conseqüência é que deixamos de ser resistentes ao vírus da aids. Repetindo os testes com o vírus da aids, os cientistas demonstraram que a mutação que alterou a TRIM5, lá no nosso distante passado, ao mesmo tempo em que nos tornou resistentes ao PtERV fez com que perdêssemos a capacidade de nos proteger contra o HIV. Os chimpanzés e os gorilas, por terem a TRIM5 original, são hoje resistentes ao HIV. Nós, por carregarmos até hoje a mutação, somos suscetíveis ao vírus da aids. Foi uma vitória no passado que está custando caro para a espécie humana no presente.

Mais informações em Restriction of an extinct retrovirus by the human TRIM5 alfa antiviral protein, na Science, volume 316, página 1.756, 2007.
Biólogo

Friday, July 20, 2007

Tragédia de Congonhas

Saiu no Blog do William Waack

Tragédia de Congonhas: Brasil vai pagar um preço alto

A tragédia de Congonhas não vai ficar sem conseqüências internacionais para o Brasil. Duas organizações estão averiguando de perto a situação do setor aéreo civil brasileiro, e parecem dispostas a “rebaixar” o Brasil em seus rankings. Uma é a International Federation of Air Traffic Controllers (Ifatca), com sede no Canadá e que está acompanhando o trabalho dos controladores brasileiros.

“Eles acham um absurdo nossas condições de trabalho e o equipamento que somos obrigados a usar”, diz uma fonte entre os controladores de tráfego em Brasília, que pede para não ser identificada.

A Ifatca ameaça fazer uma recomendação de declarar o Brasil como “espaço aéreo perigoso” a uma outra organização que é fundamental para o tráfego aéreo internacional: a International Civil Aviation Organization, a ICAO, que estipula normas, procedimentos, códigos e áreas respeitadas internacionalmente. O Brasil é membro da ICAO desde a sua fundação, logo depois da Segunda Guerra Mundial.

A ICAO faz revisões periódicas da situação de segurança do tráfego aéreo em seus países membros e, a partir daí, emite pareceres que as principais empresas aéreas do mundo obedecem – elas impõe restrições operacionais, por exemplo, se um país for considerado “perigoso”, qualquer que seja o motivo. Recentemente, em fevereiro, a ICAO lançou um alerta sobre a situação de segurança do tráfego aéreo comercial na Rússia, exigindo que normas internacionais fossem cumpridas.

Já é altíssimo o “custo” de imagem para o governo brasileiro – que gosta de afirmar que “nunca antes este país” foi tão ouvido e respeitado lá fora (uma bobagem arrasada seguidamente pelos fatos, aliás). A imprensa internacional dedicou, claro, bastante espaço à tragédia. Mas a “suite” do caso, conforme o jargão jornalístico que designa a cobertura que se segue ao fato inicial, tem sido dedicada à incapacidade das autoridades brasileiras de lidar com a crise aérea.

O “Financial Times” afirma que o desastre de Congonhas tornou mais agudas as “sérias questões” a respeito da capacidade administrativa das autoridades federais; o “New York Times” relata em detalhes o apagão aéreo sob o título “O Brasil exige uma solução para a crise”; o “Der Spiegel” declara que “o governo (brasileiro) mostrou-se incompetente” ao lidar com a mesma crise; o espanhol “El País” qualifica o desastre de Congonhas, ecoando boa parte da imprensa brasileira, de “tragédia anunciada”.

O Brasil entra para estatísticas muito negativas, em termos internacionais: só mesmo a Rússia, notória pela insegurança aérea, teve acidentes de proporções tão grandes em tão pouco espaço de tempo (cerca de 1 ano): 3 deles em 2006. Em dez meses, o Brasil teve dois. Nenhum país entre os considerados avançados, e com muito mais pousos e decolagens do que o Brasil, apresentou números desse tipo.

Esta coluna não faz do governo brasileiro o responsável direto pelas mortes de tantas pessoas. O que esta coluna afirma é que a imagem internacional de incompetência das nossas autoridades não é fruto do imponderável (que ocorre em todo tipo de acidente) nem de má vontade da "mídia". Foi construída ao longo de anos, particularmente nos últimos, por políticos e administradores preocupados consigo mesmos em primeiro lugar, e muito pouco com a coisa pública (clique aqui para ler a cobertura completa do acidente do vôo 3054).

William Waack


Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Colunas/0,,7420,00.html

Thursday, July 19, 2007

O que ocorreu não foi acidente, foi crime

Saiu na Folha de São Paulo.

São Paulo, quinta-feira, 19 de julho de 2007

O que ocorreu não foi acidente, foi crime
FRANCISCO DAUDT
COLUNISTA DA REVISTA DA FOLHA

Gostaria imensamente de ter minha dor amenizada por uma manchete que estampasse, em letras garrafais, "GOVERNO ASSASSINA MAIS DE 200 PESSOAS". O assassino não é só aquele que enfia a faca, mas o que, sabendo que o crime vai ocorrer, nada faz para impedi-lo. O que ocorreu não pode ser chamado de acidente, vamos dar o nome certo: crime.
Remeto-me ao livro de García Marquez, "Crônica de uma morte anunciada". Todos sabiam e ninguém fez nada. E não me refiro a você, leitor, que se consome em sua impotência diante deste e de tantos descalabros que vimos assistindo semanalmente. Ao ponto de a ministra se permitir ao deboche extremo do "relaxa e goza'? Será esta sua recomendação aos parentes das novas vítimas? Refiro-me às autoridades (in)competentes, inapetentes de trabalho gestor. Refiro-me ao presidente Lula, que, há quantos meses, ó Senhor, disse em uma de suas bazófias inconseqüentes que queria "data e hora para o apagão aéreo acabar", como se não dispusesse da devida autoridade para tal.
Sinto pena de não ter estado na abertura do Pan, de não ter engrossado aquelas bem merecidas vaias. Talvez o presidente não se importe tanto, afinal, quem viaja de avião não é beneficiário de sua bolsa-esmola, não faz parte do seu particular curral eleitoral cevado com o dinheiro que ele arranca de nós. Devem fazer parte das tais "elites", que é como ele escarnece da classe média que faz (apesar do governo) o país crescer.
Qual de nós escapou do medo de voar desde o desastre da Gol HÁ NOVE MESES? Qual de nós assistiu confortável o jogo de empurra, "a culpa é dos controladores'; "não, é do ministério da defesa'; "a mídia também exagera tudo'; "é do lobby das empreiteiras que só querem fazer obras inúteis e superfaturadas nos aeroportos". Qual de nós deixou de ficar perplexo com a falta de ação efetiva para que o problema se resolvesse?
Perdão, acho que a tal falta de ação geral de governo é de tamanho tão extenso e dura tanto tempo que muitos de nós a ela nos acostumamos. Sou psicanalista, e, por dever de ofício, devo escutar o que meus clientes queiram dizer.
Pois nunca pensei que fosse pronunciar no consultório uma frase que venho repetindo há algum tempo, depois de que mensalões, valeriodutos, Land-Rovers, dólares na cueca, dossiês fajutos, renans calheiros, criminalidade, insegurança pública, impunidade, pizzas e tudo isso que o leitor já sabe se despejam fétida, diária e gosmentamente sobre nossas cabeças. A tal frase: "Não quero falar desse assunto". Os pacientes me respondem com alívio, "Ufa, eu também não!' É o desabafo da impotência partilhada. "Welcome to Congo'? Talvez seja um insulto ao Congo.
Pois agora quero falar deste assunto. Deram-me a oportunidade de ser menos impotente. Sei que falo por uma enorme quantidade de brasileiros trabalhadores que sustentam essa máquina de (des)governo, muitos mais que os 90 mil do Maracanã, para expressar o nojo e a raiva que esse acúmulo de barbaridades nos provoca. O governo sairá da inação, da omissão criminosa? Alguém será preso, punido por todas essas coisas? Infelizmente, duvido. Talvez condenem a mim, por ter deixado o coração explodir. Pagarei o preço alegremente, lembrando Graciliano Ramos, que, visitado no cárcere, travou com o amigo o seguinte diálogo:
- Puxa, Graça, você, aí dentro, de novo?
- E você, o que faz aí fora? Nestes tempos, lugar de homem honesto é na cadeia.



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FRANCISCO DAUDT , 59, é psicanalista e colunista da Revista da Folha

Vestigios do Totalitarismo

Saiu no blog do Roberto Romano

Os herdeiros de Luis 14 e de Goebbels


A propaganda, forma complexa da sofística estatal, foi inventada no Antigo Regime francês, pelos (digamos assim) marqueteiros de Luis 14. Basta ler qualquer análise daquele governo para perceber a sua "modernidade". O livro de Peter Burke, A Fabricação do Rei (Rio, Zahar Ed.) ainda é um marco importante no campo analítico. Tudo era feito para exaltar a figura real, das instituições artísticas às científicas, destas à intervenção econômica, bélica, etc. O marketing daquele que disse, numa frase bem ao gosto da propaganda que "l´État c´est moi" foi eficaz. Ajudou a França a definir sua unidade interna, com muita repressão auxiliando, e a determinar seu espaço na Europa —após o Tratado de Westphalia— segurando a Espanha e as pretensões dos Habsburgos de manter um poderio imperial. Os filósofos das Luzes, adversários do absolutismo, aprenderam a lição dada pelo Estado. Eles usaram a propaganda de modo intenso, para obter seu fim duplo, o afastamento do poder religioso do espaço público e a democratização liberal na política laica. A técnica da propaganda das Luzes foi bem analisada por Erich Auerbach em capítulo de seu monumento, o livro intitulado "Mimesis" (São Paulo, Ed. Perspectiva, 1973). Alí Auerbach acerta as contas ao mesmo tempo com Voltaire e seus companheiros e com Goebbels. O livro foi terminado, recorde-se, após a 2 Guerra Mundial, quando ficaram patentes os malefícios da propaganda científica, conduzida ao modo nazista ou stalinista.

The Hidden Persuaders (1957) de Vance Packard é outro marco na análise da propaganda, agora conduzida ao mercado econômico, depois de estabelecer parâmetros permanentes na política, de Luis 14 a Hiltler e seu irmão gêmeo, Stalin. Some-se, claro, o número de todos os seus filhotes, dos quais dois ainda "vivem", Castro e o ditador da Coréia do Norte, com respingos pesados no regime de Pekin. De Vance Packard aos nossos dias, a midia tornou-se a cada dia mais complexa e inclusiva, com a internet sobretudo. As grandes massas ainda são tangidas pela propaganda em TV, rádio, jornais. Leia-se a PROPAGANDA DE HOJE (19/07/2007) EM TODOS OS GRANDES JORNAIS, DA PETROBRÁS, COM SUAS MENTIRAS SOBRE A TRANSPARÊNCIA E, PASMEM, A ÉTICA. Da chamada Escola de Frankfurt, devido ao seu irracionalismo larvar, sobram poucas contribuições efetivas para a análise da propaganda. A pesquisa sobre A Personalidade Autoritária, dirigida por Th. Adorno é relevante (The Authoritarian Personality, Studies in Prejudice, Paperback). Depois, o estudo de H. Marcuse One dimensional Man.( http://igw.tuwien.ac.at/christian/marcuse/odm.html). E segue-se o magistral livro de J.P. Faye, Théorie du récit, onde são esmiuçadas as técnicas de persuasão empregadas pelo nazismo. Como contributo independente, o trágico livro de Klemperer (Lingua Tertii Imperii). A bibliografia é imensa, destaquei apenas os textos que julgo os mais significativos e profundos.

Toda essa Introdução, deve-se à notícia que transcrevo abaixo, saída no Painel da Folha de São Paulo de hoje. O governo, com certeza ajudado pelos herdeiros do Agitprop a seu serviço, passou um boato (ouvi na TV, li nos jornais, como se fosse algo verdadeiro, pois a midia chapa branca é conditio sine qua non da propaganda enganosa do poder) segundo o qual a pista de Congonhas teria sido liberada, com base em laudo do IPT. A mentira aparece, clara, agora. A técnica empregada pelos marqueteiros (aliás, quem deveria ser infernizado pelas vaias não é tanto a criatura Lulla, mas os criadores Santana e seu predecessor amigo de Lulla) é a mesma descrita por Auerbach e por Faye. Este último narra como Bismarck, de um telegrama em que o presidente da França práticamente pede paz, faz uma declaração de guerra, com a tesoura. O maquiavélico chanceler cortou o começo do despacho e o fim...

É do mesmo jeito que a propaganda do governo agiu, age e agirá, enquanto a manada dos manipuladores não abandonar o Palácio do Planalto. Leiam a nota, e entenderão o que digo. A tesoura foi usada para fatiar datas, como Bismarck a usou para fatiar frases.

E boa semana para todos nós, que suportamos os manipuladores desta suposta república.

Roberto Romano

Comentário: vestigios do totalitarismo

TEM CHEIRO DE PERIGO NO AR!!!!!

Saiu no BLOG do Roberto Romano

Vamos repassar e transformar esse texto na maior corrente via Internet. A estátua do Cristo Redentor foi eleita com ajuda dos internautas brasileiros. Talvez consigam também mudar o rumo que o aparente desgoverno está tomando.
TEM CHEIRO DE PERIGO NO AR
Depois das declarações do Lula sobre "mulher deve ser dengosa com o seu homem, senão ele põe o cuecão e volta a dormir".....

Depois da ministra do turismo, a dona Marta Suplicy mandar a população que perde vôos, "relaxar e gozar "....

Depois que o Renan Calheiros, usar seu dinheiro (do seu imposto ,caro contribuinte) para apagar suas escapadinhas de um casamento monótono....

Depois do irmão do Lula virar apenas "ingênuo", quando confabulava nos bastidores para se apropriar da grana alheia...

Depois de tanta gente ser inocentada e até reeleita como o Valdemar da Costa Neto e outros....



TEM CHEIRO DE PERIGO NO AR!!!!!

Independente do partido político a que vocês simpatizem essa notícia é preciso divulgar e se indignar, pois voltar a ditadura será o fim da picada nesta altura de nossas vidas!!!

Realmente estamos sob novo AI-5, neste governo do Lula.

O Boris Casoy foi calado, despedido por ordem do Lula.

O Jabor foi processado, condenado, calado por ordem do Lula.

É um escândalo!!!

A imprensa divulgou a sentença que condenou o Jabor a pagar indenização por danos morais, dois dias antes do Juiz assinar a sentença. Agora o Jabor foi calado na CBN.

O Diogo Mainardi, além de processado, sofreu ameaças de morte no jornal do MR-8 (da base aliada do Lula).

Há Medida Provisória enviada pelo Lula ao Congresso, instituindo a censura prévia aos programas de radio e TV.

Estou gritando CENSURA PRÉVIA, inclusive aos programas jornalísticos. Os sensores já estão nomeados.

São muito jovens com a participação de estudantes da Universidade de Brasília (todos petistas é claro).

Agora só faltam as torturas e desaparecidos. Vamos denunciar isto pela Internet e por todos os meios que pudermos.

Arnaldo Jabor expulso da CBN!!!

Por favor, repassem para todos que puderem!!!

VAMOS REPASSAR!

NÓS BRASILEIROS E PATRIOTAS, DEVERÍAMOS SER 160 MILHÕES DE JABORES PARA GRITAR CONTRA ESSA BADERNA POLÍTICA E TANTOS DESMANDOS QUE EXISTEM NOS PODERES DA REPÚBLICA!

Tem cheiro de ditadura no ar !

Leia o comentário de Dora Kramer, Estadão de Domingo:

"A decisão do TSE que determinou a retirada do comentário De Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do presidente 'Lula' até pode ter amparo na legislação eleitoral, mas fere o preceito constitucional da liberdade de imprensa e de expressão, configurando-se, portanto, um ato de censura ."

Em outro trecho:

"Jabor faz parte de uma lista de profissionais tidos pelo Presidente Lula como desafetos e, por isso, passíveis de retaliação à medida que se apresentem as oportunidades !"

"Não deixem de ler, reler, o texto abaixo e passem adiante"!!!!!!

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE (ARNALDO JABOR)

O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor,"explicáveis" demais. Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira.

Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, Infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada. Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, Viram-lhe as costas passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de "povo", consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações "falsas", sua condição de cúmplice e Comandante em "vítima". E a população ignorante engole tudo. Como é possível isso? Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF. Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização.

Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo. Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito.... Está havendo uma desmoralização do pensamento Deprimo-me: " Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?". A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo Fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais Aos fatos! Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações. No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política. Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da República. São verdades cristalinas, com sol a Pino. E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de "gafe". Lulo-Petistas clamam: "Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT? Como ousaram ser honestos?". Sempre que a verdade eclode, reagem. Quando um juiz condena rápido, é chamado de "exibicionista". Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de "finesse" do governo de FH, que não Teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando... Mas Agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em "a favor" do povo e "contra", recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o "sim" e o "não", teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois. Alguns otimistas dizem: "Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades"!

Postado por Roberto Romano às 7:59 AM

Um Salmo aos Tiranos do Brasil

Saiu no blog do Roberto Romano


UM SALMO PARA OS "GOVERNANTES" DO BRASIL, OS TIRANOS DOS JATINHOS DA FAB.
COMENTÁRIO: SEMPRE QUE AS MISÉRIAS DESTE PAÍS ME TOLHEM, E A INJUSTIÇA PATENTE AFIRMA SUA PLENA SOBERANIA, SEMPRE QUE VEJO FARISEUS QUE PREGAVAM A ÉTICA MANDAREM OS DESVALIDOS PARA A RUA DA AMARGURA, COM GRACINHAS DIANTE DO SOFRIMENTO, LEIO E MEDITO O SALMO ABAIXO. E DESEJO JUSTIÇA COMO O MESMO SALMO EXIGE.
QUE SEUS FILHOS FIQUEM ORFÃOS, SUA MULHER VIÚVA, SENHORES QUE USAM O TÍTULO DE EXCELENCIA PARA ARRANCAR TRIBUTOS E NADA DEVOLVER AO POVO. ESPERO QUE NO INFERNO OS SENHORES RELAXEM E GOZEM.
RR


Salmo 109

1 ó Deus do meu louvor, não te cales;

2 pois a boca do ímpio e a boca fraudulenta se abrem contra mim; falam contra mim com uma língua mentirosa.

3 Eles me cercam com palavras de ódio, e pelejam contra mim sem causa.

4 Em paga do meu amor são meus adversários; mas eu me dedico à oração.

5 Retribuem-me o mal pelo bem, e o ódio pelo amor.

6 Põe sobre ele um ímpio, e esteja à sua direita um acusador.

7 Quando ele for julgado, saia condenado; e em pecado se lhe torne a sua oração!

8 Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício!

9 Fiquem órfãos os seus filhos, e viúva a sua mulher!

10 Andem errantes os seus filhos, e mendiguem; esmolem longe das suas habitações assoladas.

11 O credor lance mão de tudo quanto ele tenha, e despojem-no os estranhos do fruto do seu trabalho!

12 Não haja ninguém que se compadeça dele, nem haja quem tenha pena dos seus órfãos!

13 Seja extirpada a sua posteridade; o seu nome seja apagado na geração seguinte!

14 Esteja na memória do Senhor a iniqüidade de seus pais; e não se apague o pecado de sua mãe!

15 Antes estejam sempre perante o Senhor, para que ele faça desaparecer da terra a memória deles!

16 Porquanto não se lembrou de usar de benignidade; antes perseguiu o varão aflito e o necessitado, como também o quebrantado de coração, para o matar.

17 Visto que amou a maldição, que ela lhe sobrevenha! Como não desejou a bênção, que ela se afaste dele!

18 Assim como se vestiu de maldição como dum vestido, assim penetre ela nas suas entranhas como água, e em seus ossos como azeite!

19 Seja para ele como o vestido com que ele se cobre, e como o cinto com que sempre anda cingido!

20 Seja este, da parte do Senhor, o galardão dos meus adversários, e dos que falam mal contra mim!

21 Mas tu, ó Deus, meu Senhor age em meu favor por amor do teu nome; pois que é boa a tua benignidade, livra-me;

22 pois sou pobre e necessitado, e dentro de mim está ferido o meu coração.

23 Eis que me vou como a sombra que declina; sou arrebatado como o gafanhoto.

24 Os meus joelhos estão enfraquecidos pelo jejum, e a minha carne perde a sua gordura.

25 Eu sou para eles objeto de opróbrio; ao me verem, meneiam a cabeça.

26 Ajuda-me, Senhor, Deus meu; salva-me segundo a tua benignidade.

27 Saibam que nisto está a tua mão, e que tu, Senhor, o fizeste.

28 Amaldiçoem eles, mas abençoa tu; fiquem confundidos os meus adversários; mas alegre-se o teu servo!

29 Vistam-se de ignomínia os meus acusadores, e cubram-se da sua própria vergonha como dum manto!

30 Muitas graças darei ao Senhor com a minha boca;

31 Pois ele se coloca à direita do poder, para o salvar dos que o condenam.

Postado por Roberto Romano às 5:42 PM

Tuesday, July 17, 2007

Pela honra de ser vaiado

Saiu na Folha

Folha de São Paulo

São Paulo, terça-feira, 17 de julho de 2007

TENDÊNCIAS/DEBATES

Pela honra de ser vaiado
HUGO POSSOLO


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Lula, você vai superar a vaia. Foi apenas um Maracanã, coisa pouca. Vamos, companheiro, ânimo! Li que você ficou tristinho
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DEVO DIZER : Lula, você vai superar a vaia. Foi apenas um Maracanã, coisa pouca. Vamos, companheiro, ânimo! Você poderia ter feito pior. Você nem sequer falou. Se discursasse, a vaia poderia ter sido bem maior. Empate no campo adversário é quase vitória.
Li que você ficou tristinho. Se para o presidente não interessa o que aconteceu, talvez interesse somente a palhaços como eu. Ou a outros tantos que se esforçam em enviar cartas aos jornais, contra e a favor. Sinto o mesmo misto-quente de sensações. De um lado, o representante do meu país não fala ao mundo o orgulho de sediar o Pan. De outro, é bom que você, Lula, perceba que não é unânime. Nenhum palhaço o é.
Nós, os palhacinhos, sempre ensaiamos para o aplauso, mas a vaia, traiçoeira, vem de surpresa. Vaia não vem no contrato, ela surge do nada, como cobrança de CPMF. O risco é que o provisório se torne definitivo. E pode até se tornar motivo de (r)emenda constitucional.
Se te consola, pela minha experiência de picadeiro, a sua vaia aconteceu porque você não foi criativo. Muitos cerimoniais, pelo menos dois, e pouco improviso. Justo você, presidente, tão bom em segurar na bossa, dançou na terra da bossa nova.
Ser vaiado é uma honra, pois é sinal de que alguém estava lá para isso. Como na publicidade de uísque: você fez a diferença. (Só citei o slogan, não vai aqui nenhum comentário maldoso sobre o álcool, pois sei que o senhor prefere investir na cana-de-açúcar.)
Sei também que a elite política brasileira é tão tacanha que acredita que uma caricatura no jornal é homenagem. Então, explico, esse texto não é para tirar umas boas risadas dos seus inimigos nem para satisfazer minha sede de ironia. É para incomodá-lo profundamente. E, se o fizer, estarei ajudando, indiretamente, o país que pretendo fazer gargalhar.
É apenas um toque de quem já foi vaiado ao longo da carreira. Uma vaia dói mais que 1 milhão de críticas no jornal.
No entanto, ser vaiado lava a alma da falsa dignidade. O orgulho cai por terra e o personagem se humaniza.
Por isso os palhaços se deixam atingir com tortas de creme na cara ou tropeçam como bêbados. Palhaços revelam que não somos o que pensamos que somos. Ao rir de um tolo desses que se esborracha de bunda no chão, nós estamos rindo dos animais que fingimos não ser.
Presidente, o senhor é tão animal quanto qualquer um de nós. Um animal que pensa que pensa. Tenho certeza de que, quando colocar a cabeça no travesseiro -sem assessores, sem palpites e sem notícias incômodas- e lembrar dessa vaia, o Lula se sentirá solitário, como afinal são todos os homens. A honra da vaia invadirá a escuridão de seu quarto presidencial e você se lembrará do que foi e do que gostaria de ter sido. E, se ainda tiver algum senso crítico, vai ver como o Lula é hoje. A comparação será dolorosa, única e somente sua.
Talvez, no dia seguinte, acorde um pouco diferente, mais disposto a baixar sua própria bola ou a dos seus companheiros no difícil dia-a-dia do Planalto. E isso não tem nada a ver com as próximas eleições, essa preocupação de políticos, colunistas e institutos de pesquisa. Isso tem a ver com a sua incapacidade de ver como é incapaz. Talvez até pegue gosto por se sentir assim. Admitir-se incapaz como um palhaço já é um passo para honrar as vaias que ainda virão.
Agora, para não ser vaiado, use artimanhas de palhaços. Que tal uma campanha pela legalização da corrupção? Se dermos o direito legal dos políticos de retirar sua parte da bolada, eles terão de pagar imposto sobre essa grana. Veremos quem é honesto e cobramos dos desonestos. A imprensa vai parar de te perturbar e fazer complôs para prejudicar esse governo tão... tão de esquerda. Esquerda das planilhas de lucro dos bancos, na casa dos bilhões, onde até os centavos são milionários e de direita.
Pense bem, se o político ladrão levar uns 20%, poderia deixar, pelo menos, 3% para o fisco. Já pensou quantas casas populares dá para fazer com 3% da corrupção do país? Seria um avanço social.
Podemos também supervalorizar a carne de vaca. Das que pastam em Alagoas e das que pedem pensão. Nosso machismo estaria garantido com um humor para a torcida e não seríamos vaiados. Que tal?
Porém o presidente não está sendo vaiado por idéias como essas, mas porque está fazendo o seu trabalho de fechar os olhos a tudo o que disse que acreditava. O que, convenhamos, meu caro Lula, é bem pior que uma vaia.



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HUGO POSSOLO , 44, dramaturgo, ator e diretor de teatro, é palhaço do grupo Parlapatões, diz que já foi muito aplaudido e confessa que até gostou de ser vaiado


Comentário:
Viva a República!



Daner Hornich

A festa

FOLHA DE SÃO PAULO
TERÇA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2007
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se declarou "triste" com as vaias recebidas na abertura do Pan do Rio, na sexta-feira, e insinuou que o movimento pode ter sido orquestrado. "A única coisa com que eu fico triste é que fui preparado para uma festa. É como se eu fosse convidado para o aniversário de um amigo, chegasse lá e encontrasse um grupo de pessoas que não queria a minha presença", disse Lula.

Comentário:
No Estado Democrático de Direito – A festa – é celebrada por meio da diversidade de opiniões (pluralidade) e não pela unanimidade burra e nem por amigos e pelegos do Chefe.
Lula você não foi numa festa de amigos ou aniversário, você foi num evento esportivo promovido pelo Estado Brasileiro. E mesmo numa festa de amigos ou aniversário devemos pressupor a divergência e a convergência de opiniões e razões que movem a vida das pessoas. Como governante você deveria saber que a pluralidade de pensamentos e opiniões é salutar para a vida pública.
Quem vive numa democracia deve aprender a lidar com a diversidade e desconfiar dos bajuladores de plantão.
Viva a democracia!
Daner Hornich

Saturday, July 14, 2007

Vaia – um vestígio do pensamento anti-autoritário...

Uma breve lembrança ao comandante do navio

"... o pensamento crítico é por princípio anti-autoritário (Arendt. Lições Sobre A Filosofia Política de Kant, 1993, 51).

Tira a máscara Petralha Totalitária!

Daner Hornich

Lula vai ao Pan... Pan vaia Lula

Folha de São Paulo
São Paulo, sábado, 14 de julho de 2007


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Lula vai ao Pan... Pan vaia Lula
Na cerimônia de abertura, no Maracanã, por seis vezes público apupa o presidente da República, que não faz a declaração inalgural dos jogos

PEDRO DIAS LEITE
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Vaiado seis vezes na cerimônia de abertura do Pan-Americano do Rio, ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez a declaração habitual de abertura, como exigia o protocolo esportivo, tendo sido substituído no último momento pelo presidente do comitê organizador, Carlos Arthur Nuzman.
Segundo a Presidência da República e o comitê organizador dos Jogos cariocas, "houve um desentendimento" entre suas equipes responsáveis pelo cerimonial da abertura do Pan.
O governo federal bancou R$ 1,8 billhão dos R$ 3,7 bilhões gastos na preparação dos Jogos, sendo que R$ 49,8 milhões foram direcionados para festas relativas ao evento esportivo.
A primeira vaia a Lula, vinda de um público que pagou entre R$ 20 e R$ 250 por cada ingresso, surgiu quando a imagem do presidente apareceu nos dois telões do estádio. Sua figura foi rapidamente tirada, e então o público aplaudiu. A organização ainda tentou novamente, com uma imagem um pouco mais distante, e veio a segunda vaia. A terceira e quarta vaias aconteceram durante anúncio de sua presença no Maracanã pelo sistema de som e em nova imagem nos telões.
Outras duas vaias ocorreram durante a menção ao nome de Lula nos discursos de abertura dos Jogos, feitos por Nuzman e pelo presidente da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), Mario Vásquez Raña. Quando Nuzman mencionou o governador do Rio, Sergio Cabral, houve aplausos parciais. Quando citou o posto do prefeito do Rio, Cesar Maia, houve aplausos efusivos.
Segundo o relato de integrantes da comitiva presidencial, Lula havia desistido de fazer a declaração de abertura dos jogos pouco antes do momento para o qual estava prevista. Nuzman, que é também presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, então assumiu para si o papel antes destinado ao presidente da República e desceu da tribuna de honra do Maracanã para o gramado.
Cabral ainda insistiu para que Lula fizesse a declaração de abertura, e o presidente cedeu, recuando de sua desistência.
Um microfone foi novamente colocado à sua disposição na tribuna, e as câmeras do sistema oficial de televisão filmaram, esperando por sua fala, ao lado de Cabral e de Maia.
Mas a informação de que o presidente decidira falar aparentemente não chegou a Nuzman. "Em nome de todos, declaro abertos os Jogos Pan-Americanos Rio-2007. Boa sorte, Brasil!", declarou ele.
Na saída do Maracanã, Lula não quis falar com repórteres. Entrou rápido no carro. Sua mulher, Marisa, acenou, mas fez que não ouviu as perguntas.
O presidente estava acompanhado de seu vice, José Alencar, e de vários ministros, como Dilma Rousseff (Casa Civil). Também estavam presentes, além de Cabral (PMDB) e de Maia (DEM), o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM).
Apesar da segurança reforçada em toda a cidade, onde milhares de policiais patrulham as ruas ostensivamente com fuzis, Lula se deslocou só de helicóptero. Foi do aeroporto à Vila do Pan (zona oeste), depois ao hotel (zona sul), ao Maracanã (zona norte) e voltou ao aeroporto.

Comentário:
Viva o Brasil e os cidadãos do Rio de Janeiro!
Chega de conformismo!
Daner Hornich

Monday, July 02, 2007

Caricaturas e amargas desilusões

Caricaturas e amargas desilusões

O retrato do “governo Lula” e das suas ligações não espantariam Marx e Engels – Será o governo Lula a representação da tragédia no primeiro mandato ou da farsa nesse segundo mandato? Ou será como disse Engels em Antidühring: “caricaturas e amargas desilusões”?
O discurso de Lula é um embuste e se revela, por meio, do não sei disso ou não quero saber do que aconteceu ou o que esta para acorrer no meu governo – basta analisar o cenário nacional para validar e comprovar essas duas máximas do governo Lula no planalto central.
A corrupção se alastra e se perpetua com novas roupagens trágicas e farsantes no governo que se especializou em revelar modos de operar o banditismo, o conchavo “político” da propina, da lavagem de dinheiro, da formação de quadrilha, das ações ilícitas, das desonestas camaradagens, do pacto com a oligarquia e com a ditadura do camarada e coronel Hugo Chávez.
O senador Renan Calheiros é o novo exemplo desse governo, trágico, farsante e caricato. Esse episódio desrespeita a “classe operária” e o cidadão brasileiro, com práticas nada democráticas, transparentes e republicanas ao encobertar o seu amigo senador com tapinhas nas costas e com discurso de censura e coerção ao Ministério Público e a Policia Federal.
Outro retrato desse governo de lambões é a caricata ministra do Turismo Marta Suplicy, que abusa da paciência histórica do povo brasileiro com comentários nada prudentes e dignos de uma ministra que representa o poder público num setor especifico no Estado Brasileiro.
Para usar e abusar do jargão Petralha, uma leve comparação com os Irmãos Metralhas – podemos argumentar que o governo Lula é manifestação histórica da reprodução burguesa elitista em trajes novos e cenas picantes que se apresentam a luz do dia e na calada da noite em mesas bancárias, em pastos repletos de bois, em notas frias e nos discursos idiotas de proteção aos camaradas ladrões, que exploram e usurpam essa nação, chamada Brasil, de tantos retratos e que possui um dos congressos mais caros do mundo.

Daner Hornich

Militares, ciências, Educação Popular.

A pandemia atual expõe a falácia de alguns dogmas sobre a pós modernidade, ela mesma integra a lista dos enunciados falsos de evidências lóg...