Em tempos de crendices que conduz ao terrorismo das “analises superticiosas” é salutar lembrar que “a instrução adoça os caracteres, aclara sobre os deveres, sutiliza os vícios, os sufoca ou os vela, inspira o amor à ordem, à justiça e às virtudes, e acelera o nascimento do bom gosto em todas as coisas da vida. Os selvagens efetuam viagens imensas sem se falar, porque os selvagens são ignorantes. Os homens instruídos se preocuram; gostam de se ver e conversar. A ciência desperta o desejo da consideração. A pessoa quer ser apontada com o dedo e que se diga dela: ‘Ei-lo, é ele’. Desse desejo nascem idéias de honra e de glória; e estes dois sentimentos, que elevam a alma e que a engrandecem, espalham ao mesmo tempo uma ponta de delicadeza sobre os costumes, os procedimentos e os discursos” Diderot, Plano de uma Universidade, 2000, 264.
Daner Hornich (Mestre em Filosofia - PUC-SP)
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