Tuesday, February 27, 2007

Quem governa Pindorama?

Quem governa Pindorama?

Nessa “Terra” calorosa e cheia de alegria carnavalesca e samba com palhaços por todos os lados nesse grande sambódromo com tambores e batucadas vislumbramos o nosso imenso país democrático travestidos de reis, príncipes e rainhas com poderes absolutos em marchas imperiais.
Depois da reeleição – o príncipe dos pobres e atrapalhados súditos tirou férias e sumiu com as promessas de um Brasil melhor do cenário nacional, isto é, o príncipe reeleito surgiu em alguns momentos na eleição do presidente do senado e de modo especial dos deputados, com aquela cara lavada de presidente vendido feito pasta de dente (Cf. Castoriadis, Sobre o Político de Platão, 2004, 262) .
E o novo ministério que ainda não deu as caras pelas terras de Pindorama é uma piada sem gosto – existe na cabeça do reeleito pelo povo, mas não saiu da cabeça dele, mas dos conchavos com os partidos aliados e dos desalinhados do governo e que não se diz do governo.
Passou o natal, ano novo, as férias escolares e o carnaval e nada aconteceu em Pindorama, nada sabemos desse governo – muito menos para onde vamos nesse carro abre alas chamado PAC – que mais parece um “pacto de acomodação dos conformistas” que não conseguem questionar esse governo incapaz, incompetente e ineficiente – e outros adjetivos que não convém dizer no momento sombrio que vivemos.
A paciência aliada à acomodação parece ser uma categoria metafísica que criaram e criam constantemente no imaginário dos homens, mulheres, jovens e crianças de Pindorama um estatuto virtuoso dos que suporta nas tristezas e nas alegrias as doutrinas e os valores usurpadores dos donos do “poder real” que agem na calada da noite e no amanhecer do dia, com “forças monárquicas”.
A máscara do empossado na direção das terras de Pindorama “é a força do governo monárquico, que usa a seu bel-prazer todos os membros que a compõem. Como é apenas do príncipe que se esperam as riquezas, dignidades e recompensas, o desvelo para merecê-las constitui o apoio de seu trono. Além disto, como os negócios são levados por um só, a ordem, a diligência, o segredo, a subordinação, os mais importantes objetos, as mais rápidas execuções são os seus efeitos mais seguros” (Jaucourt, Verbetes políticos da enciclopédia, 2006, 210).

Daner Hornich (Mestre em Filosofia - PUC - SP).

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Militares, ciências, Educação Popular.

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