Tuesday, December 04, 2007

Dúvidas sobre a aceitação de Chaves

Saiu na folha de São Paulo:

Amorim diz que Chávez foi "elegante"
Para chanceler brasileiro, aceitação da derrota foi boa para a democracia

Marco Aurélio Garcia também elogiou processo eleitoral; oposição celebrou no Senado vitória do "não" à nova Carta na Venezuela


Yuri Cortez/France Presse
Opositores de Chávez celebram em Caracas a vitória do "não"


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Planalto e o Itamaraty combinaram de falar pouco e destacar a "normalidade" do referendo constitucional em que o presidente Hugo Chávez foi derrotado, anteontem, na Venezuela. O resultado não foi uma surpresa no Brasil.
Em frases sucintas, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) e o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, destacaram a tranqüilidade com que tanto Chávez quanto o próprio país acataram o resultado.
"Senti que tudo transcorreu normalmente. O resultado foi divulgado pacificamente e aceito pelo presidente Chávez de maneira elegante. Acho que é bom para a democracia", disse Amorim. O chanceler afirmou também esperar que o resultado do referendo facilite a aprovação pelo Congresso Nacional brasileiro da adesão da Venezuela ao Mercosul.
Mas ainda é forte a resistência de senadores da oposição ao ingresso do país no bloco, assunto que precisa ser apreciado pelo plenário da Câmara.
A derrota chavista chegou a ser comemorada pelo senador José Sarney (PMDB-AP), em discurso da tribuna da Casa.
Para o líder do DEM, José Agripino, "o referendo não tem influência" na votação da adesão ao bloco. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) preferiu dissociar o resultado da votação da futura discussão sobre o ingresso da Venezuela no Mercosul. Mas reconheceu "que a derrota é um sinal de um bom nível de democracia" no país.

Normal
Numa conversa rápida, Marco Aurélio Garcia usou três vezes a palavra "normal" para definir o resultado do referendo e a reação de Chávez.
"Ocorreu tudo de uma forma muito normal. E era isso mesmo que se esperava -que quem perdesse acatasse o resultado, como fez o presidente Chávez", disse Garcia, que estava em Santiago, no Chile.
"Certamente, ele [Chávez] fará um balanço, uma reflexão, pois tem ainda cinco anos de mandato pela frente", acrescentou Garcia, avaliando que o referendo venezuelano não terá nenhuma implicação nos países vizinhos, como a Bolívia, onde governo e oposição se digladiam em torno da elaboração de uma nova Carta. "São realidades muito distintas." (JOHANNA NUBLAT)

Comentário: Tenho minhas dúvidas sobre a normalidade da aceitação do presidente Hugo Chaves sobre o referendo e nem elegante como afirma Celso Amorim – o bajulador da ordem estabelecida na Venezuela.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft0412200709.htm

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